sexta-feira, 31 de maio de 2013

Papa-piri


O Papa-piri é uma ave Passeriforme. Essa espécie está sem família definida pelo CBRO na Lista de Aves do Brasil de 25 de janeiro de 2011. Conhecido também como Bonito-do-piri.

Características: Espécie de pequeno porte (apenas 11 centímetros) é inconfundível por sua plumagem colorida, sendo possível identificar oito cores: na região das costas, verde brilhante, mesclando tons diversos e modificando-se de acordo com a inclinação e intensidade da luz; a cabeça é negra, com a região da nuca vermelha, faces azuis e longa linha amarela próxima aos olhos; a garganta é amarelo-clara, quase esbranquiçada, tornando-se um amarelo mais intenso ao longo do peito e abdômen; as asas são negras, com algumas manchas brancas; as pernas são pretas e a íris, cor de creme.


Distribuição Geográfica: Presente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (região dos lagos/litoral). No inverno alguns indivíduos podem atingir o interior de Santa Catarina e o Paraná (Ridgely and Tudor -“Field Guide to the Songbirds of South America” - 2009). Encontrado também no Peru, Bolívia, Chile, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Ocorrências no WikiAves

Habitat: É localmente comum em brejos, taboais e juncais altos. Voa com freqüência à pouca altura, entre moitas de vegetação, e pousa em locais abertos, quando torna-se bastante visível. Movimenta-se constantemente, às vezes permanecendo de cabeça para baixo na vegetação.
Reprodução: Para construção de seu ninho utiliza folhas de junco molhadas.
Alimentação: Alimenta-se de insetos conseguidos nos ramos de taboas ou na vegetação flutuante.

Pode ser avistada o ano inteiro no Parque Nacional da Lagoa do Peixe, em banhados de juncos, principalmente no Setor do Ruivo e na Trilha das Dunas.

 Para saber mais: Papa-piri no WikiAves

terça-feira, 21 de maio de 2013

Escolha a Ave da Semana

Que ave do Parque Nacional da Lagoa do Peixe você quer conhecer? A cada semana, a mais votada ganhará uma publicação aqui no blog.
Participe, e compartilhe!
Você pode votar quantas vezes quiser...

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Batuíra-do-peito-tijolo


A Batuíra-de-peito-tijolo (Charadrius modestus) é uma ave charadriiforme da família Charadriidae. 

Características: Mede 19 cm de comprimento, é de cor parda, com faixa superciliar e abdômen brancos. Na plumagem nupcial tem peito avermelhado.

 Distribuição Geográfica: no extremo sul do continente e chega, em migração, ao Rio Grande do Sul.
Ocorrências no wikiaves
Habitat: Vive em praias lacustres ou litorâneas.
Reprodução: Reproduz na primavera e verão nos pastos no interior da Terra do Fogo, Sul de Santa Cruz e Ilhas Malvinas. 
Alimentação: baseada em sementes, frutos e pequenos invertebrados.

Chega ao Parque Nacional da Lagoa do Peixe, no mês de abril e fica até inicio de setembro, podendo ser avistada nas trilhas do Talha-Mar, Figueira, na Barra da Lagoa do Peixe, praias adjacentes e Setor do Manduca.


Material de referência: Guía de las Aves Playeras y Marinas Migratórias del sur de América del Sur (Adriana Cafferata)
Para saber mais:   Batuira-do-peito-tijolo no wikiaves

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Flamingo


Flamingo-chileno


O Flamingo-chileno (Phoenicopterus chilensis) é uma ave Phoenicopteriformes da família Phoenicopteridae. 

Características: Mede de 96 a 107 cm e pesa cerca de 2,3 kg. A fêmea é aproximadamente 10% menor que o macho. O terço interno do bico é rosa, o restante preto, enquanto pernas são rosa com rosa mais escuro nas juntas. O jovem é cinza amarronzado.
Distribuição Geográfica: Peru, Chile, Bolivia, e Argentina até Terra do Fogo. No Brasil se encontra no sul e sudeste.
Ocorrências no WikiAves
Reprodução: Põe um único ovo em ninho de lama perto ou sobre água rasa. A época de procriação é ditada pelas chuvas ao invés das estações. Nidifica em densas colônias, em até vários milhares de casais. O período de incubação é de 27 a 31 dias; o jovem está pronto para voar em 70 a 80 dias. Ambos os pais incubam e cuidam dos jovens, que se juntam em grupos. A produtividade é muito variável, com completa falha em alguns anos.
Habitat: Vive em lagos e lagoas salinos e alcalinos rasos.
Alimentação: Se alimenta de invertebrados aquáticos, sementes e algas em água rasa e lama. Podendo deslocar-se até 500km por dia em busca de alimento.
 
Chega ao Parque Nacional da Lagoa do Peixe, no mês de abril e fica até setembro, em alguns casos podendo ser avistada o ano inteiro no parque. Pode ser encontrado nas trilhas do Talha-Mar, Figueira, na Barra da Lagoa do Peixe, em quase todo corpo lagunar da lagoa do peixe.



Para saber mais:   Flamingo-chileno 



O Flamingo-andino
Fonte: www.atacamaphoto.com

O Flamingo-andino (Phoenicoparrus andinus) é uma ave Phoenicopteriformes da família Phoenicopteridae.

Características: Mede de 40 a 43 cm e pesa cerca de 6 kg. Os machos são geralmente maiores que as femeas. Possui pernas amarelas, seu pescoço é muitas vezes um rosa mais profundo od que suas costas e a parte inferior. Suas asas negras se destacam quando em inativos contra o corpo e no final da cauda do pássaro.
Distribuição Geográfica: Cordilheira dos Andes, Chile, Bolívia, Peru e Argentina. Algumas vezes são avistados no Brasil.
Habitat Habita certas áreas da Cordilheira dos Andes, como a Puna de Atacama e no altiplano.
Alimentação: Alimenta-se de algas e pequenos crustáceos que dão às suas penas a coloração rosadada, e que encontra em lagos de água doce e lagunas de água salgada, notavelmente na laguna Colorada.
 
Chega ao Parque Nacional da Lagoa do Peixe, no mês de abril e fica até setembro, pode ser encontrado em quase todo corpo lagunar da lagoa do peixe.

OBS: Pouco se sabe sobre esta espécie


Para saber mais:   Flamingo-andino

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Aves do Parna Lagoa do Peixe

Em reverência ao AvistarBrasil, o blog do Festival Brasileiro das Aves Migratórias inicia hoje uma coletânea de "figurinhas" do Parque Nacional da Lagoa do Peixe. A cada semana, daqui até 24 de outubro, traremos informações sobre uma ave presente no PNLP. Como não poderia deixar de ser, quem abre a coleção é nossa ave símbolo, o Flamingo.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Revista do CEMAVE terá número especial em comemoração ao 10º FestiAves

NÚMERO ESPECIAL ORNITHOLOGIA
 ABERTA CHAMADA DE ARTIGOS CIENTÍFICOS
SOBRE AVES LIMÍCOLAS MIGRATÓRIAS

 

A revista ORNITHOLOGIA (ISSN 1808-7221) é a revista científica do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres – CEMAVE/ICMBio. Lançada em 2005, destina-se a publicar comunicações ou artigos científicos que abordem temáticas relacionadas às aves silvestres, visando subsidiar a conservação destas espécies e de seus ambientes.  A ORNITHOLOGIA oferece acesso livre ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona disseminação ampla do conhecimento e o subsídio à ações diretas para a conservação.
Aves limícolas são aquelas que dependem de ambientes úmidos e buscam alimento nas zonas entre-marés e margens de ecossistemas aquáticos, especialmente lagunas costeiras e estuários, muito embora possam ocupar grande diversidade de habitats. Dentre elas, há um grande número de espécies que realizam sazonalmente todos os anos grandes deslocamentos de suas áreas de reprodução para áreas de invernada, são as chamadas espécies migratórias, a maioria das aves proveniente do Pólo Norte.
O Brasil possui vários sítios de invernada, do Amapá ao Rio Grande do Sul, que são de extrema importância para essas espécies. As aves limícolas migratórias chegam à costa brasileira todos os anos, havendo registro de até 40 espécies pertencentes às famílias Jacanidae, Rostratulidae, Haematopodidae, Charadriidae, Scolopacidae, Recurvirostridae e Burhinidae.
Por utilizarem o litoral brasileiro como locais de pouso, invernada, alimentação e reprodução, essas espécies têm sofrido ameaças ligadas à redução de seus ambientes e recursos alimentares pela expansão imobiliária e turismo desordenado, ao aquecimento global e até mesmo pela ameaça das doenças emergentes. Além disso, atividades de implementação de infraestrutura como, por exemplo, aerogeradores, hidrelétricas, portos e atividades econômicas como a criação de gado, carcinicultura, refinarias, mineração de areia entre outras, têm promovido alterações significativas nos habitats das aves limícolas migratórias.  
A conservação efetiva dessas espécies depende da cooperação de todos os países por onde elas passam, tendo em vista que cada local de parada representa um ponto de abastecimento, onde acumulam gordura, a fonte de energia para continuar a viagem. Se os locais de alimentação e descanso desaparecem as aves não têm forças para continuar a viagem e acabam morrendo, podendo haver extinções de grandes populações ou de espécies. Portanto, o Brasil é um importante ator nesse cenário, uma vez que os destinos de muitos desses migrantes estão em território nacional.

Anualmente, entre os meses de outubro e novembro, o Parque Nacional da Lagoa do Peixe (PNLP) promove, com o apoio das prefeituras dos municípios de Mostardas e Tavares, onde está localizado o PNLP, o Festival Brasileiro das Aves Migratórias (FAM) onde a chegada destas aves é festejada pela população local e por diversos visitantes, entre cientistas, birdwatchers, estudantes, fotógrafos de natureza, dentre outros. Neste ano o FAM comemora sua décima edição e juntamente com o CEMAVE quer marcar esta data com a publicação de uma Edição Especial da Revista ORNITHOLOGIA, exclusiva para Aves Limícolas Migratórias, aberto a todos os autores que queiram compartilhar conhecimento sobre estas espécies. Os artigos serão recebidos até 30 de JULHO e todos os manuscritos passarão pelos Editores Associados, onde serão verificados quanto ao atendimento às normas de admissão da revista. Após, serão submetidos à aprovação de avaliadores que são especialistas reconhecidos nos temas tratados. Os artigos selecionados poderão ser apresentados oralmente ou em forma de painel no 10º Festival Brasileiro das Aves Migratórias, a realizar-se em Tavares/RS, entre os dias 24 e 27 de outubro de 2003.  Os trabalhos científicos deverão ser submetidos online diretamente no site da revista no seguinte endereço: http://cemave.net/ornithologia/index.php/ornithologia.
Solicitamos ampla divulgação desta informação a todos que desenvolvam trabalhos de pesquisa com estas espécies e possam ter interesse em divulgar seus trabalhos científicos nesta oportunidade de agregação de conhecimento.