A coruja-buraqueira (Athene cunicularia) é uma ave strigiforme da família Strigidae. Com o nome científico cunicularia (“pequeno mineiro”) recebe esse nome, pois vive em buracos cavados no solo. Vivem no mínimo 9 anos em habitat
selvagem. Costumam viver em campos, pastos, restingas, desertos,
planícies, praias e aeroportos. Também são conhecidas pelos nomes de
caburé-de-cupim, caburé-do-campo, coruja-barata, coruja-do-campo,
coruja-mineira, corujinha-buraqueira, corujinha-do-buraco,
corujinha-do-campo, guedé, urucuera, urucuréia, urucuriá,
coruja-cupinzeira (algumas cidades de Goiás) e capotinha.
Características: Ave de pequeno porte, seu tamanho médio é de 23 centímetros. Possui a cabeça
redonda, sem penachos e os olhos estão dispostos lado a lado, num mesmo
plano. As sobrancelhas são brancas e os olhos amarelos. A coloração é
cor-de-terra, mimética, podendo apresentar plumagem em tons de ferrugem causada por solos de terra roxa (coloração adventícia).
Ao contrário da maioria das corujas o macho é ligeiramente maior que a
fêmea e as fêmeas são normalmente mais escuras que os machos. Tem voo
suave e silencioso.
Ela tem que virar a pescoço, pois seus grandes olhos estão dispostos
lado a lado num mesmo plano. Essa disposição frontal proporciona à
coruja uma visão binocular
(enxerga um objeto com ambos os olhos e ao mesmo tempo). Isso significa
que a coruja pode ver objetos em três dimensões, ou seja, com altura,
largura e profundidade. Os olhos da coruja-buraqueira são bem grandes,
em algumas subespécies
de corujas são até maiores que o próprio cérebro, a fim de melhorar sua
eficiência em condições de baixa luminosidade, captando e processando
melhor a luz disponível. Além de sua privilegiada visão, a buraqueira
possui uma ótima audição, conseguindo localizar sua presa com apenas
este sentido.
Não possuem topetes na orelha, têm um disco facial
aplainado. Sua sobrancelha é branca, possui um remendo branco no
queixo, que se assemelha a uma boca grande desenhada. As corujas adultas
possuem um tom de cor forte, têm o peito e a barriga com coloração
parda, traços cor de terra, variações de marrom, que lembram manchas e
barras. As corujas jovens são similares
na aparência, mas são gorduchinhas, desengonçadas, com as penas
descabeladas e coloração leve. Seu peito é totalmente branco, sem as
variações marrons, possuem uma barra amarela passando por toda asa
superior. Os machos e as fêmeas são similares no tamanho e na aparência,
entretanto os machos adultos são ligeiramente maiores e as fêmeas,
normalmente, mais escuras que o macho. O maior inimigo da coruja
buraqueira é o homem, visto que, por ser uma ave de rapina,
essa espécie quase não tem predadores naturais. Entretanto, o danoso
trânsito de carros sobre a vegetação da praia é o principal fator da
destruição da coruja buraqueira, juntamente com outras espécies da fauna
da praia que compõem a cadeia alimentar, pois, ao passarem sobre a boca
dos ninhos, esses veículos soterram o túnel, matando mãe e filhotes
asfixiados debaixo da camada de areia em que se encontram.
Distribuição e Status: Ocorre do Canadá à Terra do Fogo, bem como em quase todo o Brasil com
exceção da bacia Amazônica.
Já existem registros fotográficos comprovando a ocorrência da coruja
buraqueira (Athene cunicularia) em todos os Estados brasileiros,
incluindo a bacia Amazônica. Excessão de registro fotográfio até o
momento, é tão somente para o Amapá.
Ocorrências no WikiAves |
Habitat: Costuma viver em campos, cerrados, pastos, restingas, planícies, praias, aeroportos e terrenos baldios em cidades. Coruja terrícola,
tem hábitos diurnos e noturnos, mas é ativa, principalmente durante o
crepúsculo, quando faz uso de sua ótima audição. Tem o campo visual
limitado, mas essa deficiência é superada pela capacidade de girar a
cabeça até 270 graus, o que ajuda na focalização.
Ocupa ambientes alterados pela ação humana, inclusive cidades e pistas de pouso ou aeroportos. A coruja-buraqueira possui um comportamento peculiar, além dos próprios feitos pelas corujas, por ser vista durante o dia e ficar pousada, ereta, em locais expostos ou no solo, em postes, troncos, muros, em cima de cactos etc. Tem o hábito de ficar sobre uma perna, o que não é copiado por outras corujas. Utiliza um buraco não somente para assentamento, mas para descansar, esconder-se, como um refúgio durante o dia e construir ninhos, normalmente ocupados por um casal. É uma coruja tímida, mas é ligeiramente tolerante à presença humana. Cava seus próprios buracos com a ajuda dos pés e do bico, ficando até mesmo toda suja na construção da toca, mas ela prefere os buracos já feitos, abandonados por outros animais como os tatus, cachorros-da-pradaria, texugos ou esquilos de chão. Na chegada da primavera, a buraqueira macho escolhe ou escava um buraco, normalmente em regiões de capim baixo, onde prenda com facilidade insetos e pequenos roedores no solo. O casal se reveza, alargando o buraco, cavando uma galeria horizontal usando os pés e o bico e, por fim, forrando a cavidade do ninho com capim seco. As corujas foram observadas em colônias, havendo uma área pequena de buraco para buraco. Tais agrupamentos podem ser uma resposta a uma abundância de buracos e alimento ou uma adaptação para a defesa mútua. Os membros da colônia podem alertar-se à aproximação dos predadores e juntar-se e fugir. Essas corujas têm o costume de coletar uma larga variedade de materiais para revestir seu ninho. O material mais comum é o estrume, que é colocado dentro da câmara do ninho e em volta da entrada. Acreditava-se que a coruja fazia isso para encobrir o cheiro dos ovos e dos filhotes, a fim de protegê-los de predadores, como os texugos-americanos. No entanto, foi descoberta uma utilização mais nutritiva e criativa. As tocas com estrume contêm dez vezes mais besouro-do-estrume do que as das corujas que não usam estrume. Isso ocorre porque os besouros, cuja própria atividade nidificadora consiste em achar estrume para depositar seus ovos, acabam sendo atraídos pelas buraqueiras. Assim, o estrume proporciona alimento fácil para as fêmeas incubadoras e, é claro, também para os próprios machos, que passam a maior parte do tempo protegendo os buracos dos ninhos e por isso não têm oportunidade de caçar. Esse esterco também serve para ajuda a controlar o microclima dentro da cova, não o deixando quente demais. A qualquer sinal de perigo, a coruja buraqueira emitem um som alto, forte e estridente. Esse alarme é dado durante o dia, chamando a atenção para a coruja. Os filhotes, ao escutarem o alerta, entram no ninho, enquanto os adultos voam para pousos expostos e atacam decididamente qualquer fonte de perigo para os filhos. Eles também fazem outros sons que são descritos como pancadas e gritos, que é parecido com “piá, piar, piaaar”. Quando as buraqueiras emitem esses sons, normalmente estão movimentando a cabeça, para baixo e para cima. Os filhotes também emitem sons: quando perturbados, produzem um som que lembra o de uma cascavel, espantando assim os predadores.
Ocupa ambientes alterados pela ação humana, inclusive cidades e pistas de pouso ou aeroportos. A coruja-buraqueira possui um comportamento peculiar, além dos próprios feitos pelas corujas, por ser vista durante o dia e ficar pousada, ereta, em locais expostos ou no solo, em postes, troncos, muros, em cima de cactos etc. Tem o hábito de ficar sobre uma perna, o que não é copiado por outras corujas. Utiliza um buraco não somente para assentamento, mas para descansar, esconder-se, como um refúgio durante o dia e construir ninhos, normalmente ocupados por um casal. É uma coruja tímida, mas é ligeiramente tolerante à presença humana. Cava seus próprios buracos com a ajuda dos pés e do bico, ficando até mesmo toda suja na construção da toca, mas ela prefere os buracos já feitos, abandonados por outros animais como os tatus, cachorros-da-pradaria, texugos ou esquilos de chão. Na chegada da primavera, a buraqueira macho escolhe ou escava um buraco, normalmente em regiões de capim baixo, onde prenda com facilidade insetos e pequenos roedores no solo. O casal se reveza, alargando o buraco, cavando uma galeria horizontal usando os pés e o bico e, por fim, forrando a cavidade do ninho com capim seco. As corujas foram observadas em colônias, havendo uma área pequena de buraco para buraco. Tais agrupamentos podem ser uma resposta a uma abundância de buracos e alimento ou uma adaptação para a defesa mútua. Os membros da colônia podem alertar-se à aproximação dos predadores e juntar-se e fugir. Essas corujas têm o costume de coletar uma larga variedade de materiais para revestir seu ninho. O material mais comum é o estrume, que é colocado dentro da câmara do ninho e em volta da entrada. Acreditava-se que a coruja fazia isso para encobrir o cheiro dos ovos e dos filhotes, a fim de protegê-los de predadores, como os texugos-americanos. No entanto, foi descoberta uma utilização mais nutritiva e criativa. As tocas com estrume contêm dez vezes mais besouro-do-estrume do que as das corujas que não usam estrume. Isso ocorre porque os besouros, cuja própria atividade nidificadora consiste em achar estrume para depositar seus ovos, acabam sendo atraídos pelas buraqueiras. Assim, o estrume proporciona alimento fácil para as fêmeas incubadoras e, é claro, também para os próprios machos, que passam a maior parte do tempo protegendo os buracos dos ninhos e por isso não têm oportunidade de caçar. Esse esterco também serve para ajuda a controlar o microclima dentro da cova, não o deixando quente demais. A qualquer sinal de perigo, a coruja buraqueira emitem um som alto, forte e estridente. Esse alarme é dado durante o dia, chamando a atenção para a coruja. Os filhotes, ao escutarem o alerta, entram no ninho, enquanto os adultos voam para pousos expostos e atacam decididamente qualquer fonte de perigo para os filhos. Eles também fazem outros sons que são descritos como pancadas e gritos, que é parecido com “piá, piar, piaaar”. Quando as buraqueiras emitem esses sons, normalmente estão movimentando a cabeça, para baixo e para cima. Os filhotes também emitem sons: quando perturbados, produzem um som que lembra o de uma cascavel, espantando assim os predadores.
Reprodução: A reprodução da coruja-buraqueira começa entre março ou abril. Faz seus ninhos
em cupinzeiros, buracos de tatu e buracos na areia em regiões
litorâneas, costumando cavar túneis de até 2 metros e forrar o fundo com
capim seco. O casal se reveza, alarga o buraco, cava uma galeria
horizontal usando os pés e o bico
e por fim forra a cavidade do ninho com capim seco. As covas possuem,
em torno de 1,5 a 3 metros de profundidade e 30 a 90 centímetros de
largura. Ao redor acumula estrume e se alimenta dos insetos atraídos
pelo cheiro. Botam, em média de 6 a 11 ovos; o número mais comum é de 7 a
9 ovos. A incubação dura de 28 a 30 dias e é executada somente pela
fêmea. Enquanto a fêmea bota os ovos, o macho providencia a alimentação e
a proteção para os futuros filhotes. Os cuidados da cria, enquanto
ainda estão no ninho são tarefa do macho. Os filhotes saem do ninho com
aproximadamente 44 dias e começam a caçar insetos quando estão com 49 a
56 dias. Os filhotes, ao escutarem o alerta, entram no ninho, enquanto
os adultos voam para pousos expostos e atacam decididamente qualquer
fonte de perigo para os filhos. Podem defender o ninho, voando em
direção a um predador potencial, inclusive pessoas, desviando no último
momento, visualizada várias vezes vocalizando e espantando invasores como cachorros e gatos.
Alimentação: É uma predadora de pequeno porte com hábito carnívoro-insetívoro, sendo considerada generalista
por consumir as presas mais abundantes de acordo com a estação, tendo
preferência por roedores. As ordens de insetos consumidas são:
coleópteros (besouros), ortóptera (grilos e gafanhotos), díptera,
himenóptera. Entre os vertebrados consumidos, são representados pelos:
roedentia, marsupialia, amphibia, répteis squamata, microquiroptero
(morcegos verdadeiros).
Para saber mais: Coruja-buraqueira
Pode ser encontrada no Parque Nacional da Lagoa do Peixe, na Trilha das
Dunas, Trilha do Talhamar, Trilha das Figueiras e ponta sul do parque.
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